Iansã cadê Ogum, foi pro mar
Iansã cadê Ogum, foi pro mar
Iansã penteia, os seus cabelos macios
Quando a luz da lua cheia clareia as águas do rio
Ogum sonhava com a filha de Nãnã
E pensava que as estrelas eram os olhos de Iansã
Iansã cadê Ogum, foi pro mar
Iansã cadê Ogum, foi pro mar
Na terra dos orixás, o amor se dividia
Entre um Deus que era de paz e outro Deus que combatia
Como a luta só termina quando existe um vencedor
Iansã virou rainha da coroa de Xangô
Hoje o Militão, colega do jornal, um grande amigo, sambista de primeira, fã de coisa boa, me deu um CD que havia me prometido. Em MP3 várias músicas da Clara Nunes. Em casa me deu uma vontade de postar algo no blog que estivesse de alguma forma ligada a quem é considerada uma das maiores intérpretes de samba do Brasil. Acabei lembrando de um show da Velha Guarda da Portela, na Ufrgs, em 2006, onde conheci Monarco, o que por si só já teria validado a noite.
Fui então na internet confirmar se Clara Nunes era mesmo portelense para ter a certeza de não estar sendo enganado pela memória. Além de confirmar isso, tive uma grata surpresa: descobri que o Bambas, uma escola do grupo especial aqui de Porto Alegre vai, no carnaval do ano que vem, contar a vida da cantora. O enredo "Brilha no céu a estrela que nos faz sonhar para além do luar. Clara Guerreira, Bambas vem te homenagear" é de Mário Nienow e Sidnei Medeiros.
Tristeza Pé no Chão
Composição: Armando Fernandes
Dei um aperto de saudade
No meu tamborim
Molhei o pano da cuíca
Com as minhas lágrimas
Dei meu tempo de espera
Para a marcação e cantei
A minha vida na avenida sem empolgação
Dei um aperto de saudade
No meu tamborim
Molhei o pano da cuíca
Com as minhas lágrimas
Dei meu tempo de espera
Para a marcação e cantei
A minha vida na avenida sem empolgação
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Fiz o estandarte com as minhas mágoas
Usei como destaque a tua falsidade
Do nosso desacerto fiz meu samba enredo
Do velho som do minha surda dividi meus versos
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Nas platinelas do pandeiro coloquei surdina
Marquei o último ensaio em qualquer esquina
Manchei o verde esperança da nossa bandeira
Marquei o dia do desfile para quarta-feira
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Mais sobre isso aqui e mais sobre Clara Nunes aqui...
Mais sobre Ogum no blog aqui...
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