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23 maio 2010

Indo...

Em 2005, entrei no Diário Gaúcho. Conheci quem me deu emprego numa oficina no Morro Santa Teresa, em Porto Alegre, dois anos antes, em 2003. Na tentativa de aprender tive a oportunidade de trabalhar. O DG foi minha primeira escola de fotojornalismo. Talvez a mais importante. Onde aprendi um pouco a lidar com as pessoas que queria fotografar. Quase dois anos se passaram e fui para ZH. Lá, tentei aprimorar mais meu olhar. E aprendi muito com gente que já admirava. Hoje, este pequeno ciclo se encerra. Parto para um novo desafio. Em um outro Estado e atrás de novos aprendizados. Revirei um pouco mais o meu arquivo e busquei algumas imagens que gosto. Sejam pelas imagens em si, pelos momentos em que fotografei ou pelo aprendizado que me proporcionaram. Me desejem sorte!




















E meu agradecimento a pessoas que foram importantes neste caminho. Cito cometendo toda a injustiça de esquecer alguém. Não é por mal. Ao Feltes, ele me deu o emprego. Viu um portfólio medonho mas acreditou. Brinco com ele que é dele a culpa. Aos parceiros de reportagens do DG, se fosse citar, a lista ficaria longa. Vocês sabem que estou falando de vocês. Ao Kadão pelo ensinamento, ao Júlio por ser inspiração antes mesmo do jornal. Aos outros fotógrafos de quem suguei e aos colegas de ZH. À família toda, que superou o churrasco pronto as 11h pq tinha q trabalhar no domingo a tarde e tantas outras coisas sempre apoiando. E ao Wainer, foi ele quem fez o curso de 2003 que me fez decidir ser fotojornalista. E à Ele, claro.

O blog pausa um tempo... assim que puder apareço aqui de novo. Espero que em breve!

01 março 2010

O blog sai de férias?

ele eu não sei, mas eu com certeza.... pra quem quiser, vagueie pelos posts passados, talvez ache algo que já tenha esquecido... eu agora só depois! Abraços e vou...

22 fevereiro 2010

Por Ricardo Chaves



Com a morte do soldado Ismailov, último ator da cena (imortalizada pelo fotógrafo Yevgeny Khaldei) em que uma bandeira soviética tremula sobre o Reichstag proclamando a queda de Berlim e decretando a derrota dos nazistas na Segunda Guerra, volta a velha discussão sobre verdades e mentiras na fotografia.

Fotografia é um tipo de comunicação tão extraordinário que algumas imagens, possuidoras de magnífica forma e consistente conteúdo, acabam sacralizadas pelo tempo, adquirindo status de ícones de uma época e de um fato. Tudo que é consagrado e célebre torna-se, simultaneamente, alvo de inconformados críticos e convictos iconoclastas. É natural, e até saudável, que seja assim.

Com a famosa foto de Khaldei não é diferente. Cada vez que ela aparece ou é citada, lá vem o esquadrão de detratores sempre dedicados à inútil tarefa de combater mitos. Munidos de informações, tão precisas quanto irrelevantes, contam detalhadamente a história da foto sem levar em conta que se trata, tão somente, de uma foto histórica.

Análises mais serenas levam, inevitavelmente, à conclusão que, na grande maioria das vezes, são as circunstâncias que estabelecem o roteiro e escalam os protagonistas que estarão, ou não, à altura de suas responsabilidades. O isolamento, o mistério, a falta de acesso, a ignorância, podem ajudar a consolidar equívocos. Na atual era da informação on line, isso tudo está mais longe, pelo menos para quem estiver disposto e ligado. O que aconteceu no passado deve ser visto naquele contexto. Tudo está diferente. Agora, numa inundação de informações visuais e comunicação imediata, nada se destaca. Temos que ser mais espertos. Quase tudo está à mostra e nada aparece. A velha e única foto do nosso bisavô é muito mais importante do que as centenas de fotos que tiram da gente toda hora. Melhor usar nosso rigor para examinar o que se faz hoje.

Para começar, é bom atribuir à fotografia o que ela realmente é (e sempre foi): um misto de realidade e ficção. Se a foto no Reichstag foi feita dois dias depois, se a bandeira foi levada pelo fotógrafo, isso tudo, no momento, pouco importa. Temos que entender a fotografia desse jeito e ela é tão fantástica que, devido ao seu vínculo com o real, mesmo quando “armada”, ou feita sob encomenda, contém grande teor explosivo e poder revelador. Os dois relógios (um em cada braço, provavelmente fruto de saques) que o herói, agora morto, Ismailov ostentava na foto original, posteriormente retocada, falam tanto sobre a guerra quanto o cenário de destruição que se vê ao fundo. Fotografar, editar, publicar é estabelecer uma parceria, o fotógrafo entra com uma parte e o espectador com outra.

O jornalista mais cínico é capaz de afirmar que, no caso em que a versão esteja mais interessante que os fatos, melhor que se publique a versão. Já o poeta, mais honesto e romântico, lembrou: a mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer…

E aí? As coisas são mais complicadas do que parecem, né?

12 outubro 2009

Porque hoje é dia das crianças


Se passam 4 anos da primeira pauta que fiz no Diário Gaúcho. Lembro que tremia que nem taquara verde em dia de vento. E nem vento tinha no dia, só chovia muito. Era pro dia das crianças. O pequeno Hiury, que escolhia seu presente, até que não saiu borrado. Mas foi bem difícil congelá-lo, o que não deu pra fazer foi esconder a repórter. Me concentrei só no menino, ou tentei, tinha muito medo de errar logo na minha primeira pauta.




Hoje, com a mão um pouco mais firme, pautas assim não me assustam mais. E o borrado às vezes sai de propósito. Hoje também fotografei no dia das crianças. Não foi pro jornal, a pauta para isso havia sido feita na sexta-feira e não foi eu quem fez. A foto que fiz é algo que ainda me assusta como assutou a primeira pauta. Criança devia brincar, estudar e se divertir, não posar pra mim nesta situação. 

Não estou preocupado desta vez em não errar, mas em continuar acreditando que um dia possamos desejar um Feliz Dia das Crianças para todas as crianças do Brasil.


* Colaborou Marcelo Oliveira me enviando as fotos da época juntamente com os PDFs. Valeu Marceleza! E a minha mãe que guradava o exemplar do DG, foi fácil descobrir a data da pauta. Valeu véia!

02 outubro 2008

Recuperando

Do fundo do baú, estas fotos de junho de 2004 (na verdade, não tenho muita precisão nesta data, meu arquivo tá precisando de uma boa organização), feitas no Morro Santa Teresa, uma das regiões mais carentes de Porto Alegre, durante uma oficina que participei.

Nesta época só tinha a vontade de fazer o que hoje faço, mas não tinha a menor idéia de como conseguiria. Poderia dizer que foi sorte, mas prefiro dizer que persisti. Me explico. Sempre fui atrás de cursos sobre fotografia e fiz todos os que pude pagar. Isso me deu conhecimento sobre o tema e principalmente amadureceu a vontade que tinha de ter isso como profissão.

Foi o que aconteceu aqui. Nesta oficina conheci o João Wainer (acho que na época o cara tinha uns 27 anos) e fiquei louco com o que ele, tão novo, já tinha trilhado na área. Também conheci o André Feltes, baita de um parceiro, que me deu a oportunidade e o emprego no DG (se alguém quiser vaga no jornal pede pra ele), o Hans Georg, do Pictura, Marcelo Curia, baita dum freela daqui de POA, Júlio Cordeiro, fotógrafo olímpico, o Ricardo Jaeger, hoje nos freelas e assíduo colaborador do BP e o Marcelo Oliveira, recentemente premiado no Leica/Fotografe Melhor.

Durante as caminhadas pelas vielas e becos da vila, a amizade se iniciou e algumas visitas depois pela redação do jornal, veio a tão esperada oportunidade de trabalhar por lá. Por isso tenho por estas fotos um carinho muito grande. Além de todo o aprendizado de como se relacionar com alguém que fotografo, a questão do respeito, da aproximação, foram elas, ou, enquanto as fazia, que o vontade que alimentava quando passava pela av. Ipiranga foi se tornando parte da minha vida.
















Mais uma vez desculpa pela qualidade das fotos, além de antigas e feitas com o que sabia na époza, o meu scanner, bem caseirinho, não ajuda muito. E logo que der, publico as fotos da turma durante a oficina.

Mais sobre as coisas que ando recuperando no blog aqui...

01 setembro 2008

Cartas do Front

com preguiça, copio o início do texto da série publicada no jornal

Memórias do campo de batalha

As mãos manuseiam pedaços de papéis mágicos. São cartas que têm o poder de transportar no tempo. A um tempo de heróis em campos minados, em que o frio era apenas o inimigo menos impiedoso... para ler toda a matéria aqui...