Dia do último espetáculo. Nem tudo está como nos outros dias. O palco já está desarrumado, muitas roupas já estão guardadas, a maquiagem já é poupada. A alegria se funde com a dúvida do que vai ser.
O anão apenas espera, sabe que só precisa se apresentar. Ele não participa da tarefa braçal de dobrar o abrigo do picadeiro. É noite para as últimas palhaçadas. Dele e a dos outros. Também é o último espetáculo do malabarista, do trapezista, do homem-aranha, da brincadeira da menina de se esconder na caixa de mágica. E a última paixão do manequim. É um dia triste.
Recolhe-se as cadeiras, descostura-se a lona e gasta-se suor não mais no picadeiro, mas na dura tarefa de guardar a casa. Junta-se as placas, os mastros, os gatos, as migalhas dos sorrisos e parte-se rumo a um novo local. Tudo tem que ser refeito. Vida severina numa rotina de alegrias e tristezas, de lágrimas de rir e de chorar.
O mundo de Jorge Amado
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Recentemente eu vi uma postagem da minha amiga Paloma Amado, com esta bela
fotografia feita em 1974. Eu pedi a ela para identificar os personagens que
apa...
Há 3 dias
4 comentários:
É aqui na terceira parte ta melhorando...Um ensaio de folego não se faz numa ida só! Parabens!
Fantástico o ensaio! parabéns mesmo! e não deixe de publicar seus textos com a sua apuração e impressões.Bjs.
belas fotos. Mas o texto tbm está supimpa!!! Tchê, tens que escrever mais.
as do palhaço estão sensacionais! :)
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