O carnaval de Uruguaiana é um fenômeno. A cada ano se populariza e cresce. Muitas pessoas o acompanham na hora do desfile e outras tantas se envolvem na construção da festa. Com uma tradição antiga na cidade, da história dos desfiles organizados por fuzileiros navais, vai se adaptando a globalização apressada da cultura e se firmando como uma cidade carnavalesca reconhecida aqui e fora do Estado. E é de fora que chegam alguns dos ingredientes para que a festa se tornasse o fenômeno que é hoje. Artistas e personalidades do carnaval carioca desembarcam aqui, no carnaval fora de época, para introduzir costumes e trejeitos bem mais chiados, numa harmonia que por enquanto vem dando certo. Aliás, como não daria. Somos hospitaleiros. Somos grosso, mas não somos rudes. E desse jeito todos brincam e se adaptam. Se a sapatilha da baiana veio de lá com um número menor. Adaptamos, pisa no calcanhar e usa como alpargatas. Se o desenho da alegoria é "muito do cachorro", solda-se os ferros do jeito que acha que vai ficar melhor. Depois ouve-se o elogio de que o recado da idéia de confecção do carro tinha sido entendida completamente. Daí só dão aquela risadinha. E por falar em cachorro, que por lá, acabou virando personalidade durante desfile, aqui o cusco não se cria. Se se meter a besta e resolver dar aquela conferida na baiana, toma um bico. Também não dá pra permitir tudo. Brincam e gozam da alegria, se permitem algumas influências de fora, mas não se entregam. Aliás gaúcho que é gaúcho, não se entrega de jeito nenhum, amigo companheiro.
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Há 6 dias
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