Uma das coisas que tive que providenciar foi malas para trazer parte das minhas coisas. Entre elas, estavam: o equipamento, e só isso já é muita coissa, o laptop, umas roupas, uns livros e tênis e sapatos. Esses últimos me preocupavam. Estava vindo para a cidade que muito sofreu recentemente com alagamentos. E eles ocupam espaço na bagagem. E pesam. Mas eu precisava trazê-los. Afinal, molhados demorariam a eu poder usá-los novamente, tinha que ter peças reservas. Trouxe o que coube e há quem diga, até os que não tinham como caber. Mas couberam. E excederam o peso que poderia ter trazido. Gastei noventa pila no check-in. Ao todo, foram 11 pares. Bem apertados, sovados, amarrotados, espremidos, do jeito que deu.
Pois bem, já se passam 3 semanas por aqui. Nada de chuva - não estou reclamando, longe disso. E os sapatos e tênis espalhados pelos cantos. Tanto peso pra - por enquanto - nada. E mais. Cheguei a ter que descalçá-los. Preocupado que não ia ter um pisante seco para trabalhar, tive que trabalhar sem eles. Na primeira vez, numa aula de Eutonia. Tem explicação no google do que se trata. Eu tento explicar mais ou menos assim: uma aula que interessados pagam para relaxar e conhecer mais as sensações do corpo através de alguns exercícios. Um deles, se auto-bater com pedaços de bambus. Braços, pernas, mãos e pés, além do rosto. Parece que é para ressoar os ossos. Não experimentei. Na outra vez sem sapatos, fotos num templo de meditação budista. Tirei os pisantes e ganhei sapatilha. Pelo menos desta vez as meias saíram mais limpas.
Fernanda Torres em Inocência
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Foto de Pedro Farkas. Fernanda Torres no filme Inocência. Brasil, 1983.
Há 4 horas
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