Amazônia, setembro de 2010. Mas podia ser hoje, ontem ou amanhã. Lá a devora não para. Numa especial sobre as eleições, tive a oportunidade de conhecer a mata. É imensa, espalhada e em muito já devastada. Estradas abertas quando percorridas são caminhos trilhados para se ver a matança. Um dia e muito foi visto, em muitos lugares diferentes, em apenas uma cidade, de apenas um Estado. A floresta se espalha por muitos outros e, em muitos outros, muitos outros lugares como os que eu vi também devem estar do mesmo jeito. Nunca fui ambientalista, já plantei minhas plantinhas e reguei quando as vi precisarem. Nunca as matei também. Sou desses que apenas acha bonito tudo cuidado. Mas ali doeu. É como se nem toda a tecnologia, nem a pouca e dura tarefa de fiscalizar adiantasse. O descaso com a manutenção do lugar é muito maior. A exploração é muito, muito maior. Dia e noite. Numa fazenda privada que visitamos, embargada pela descoberta de desmatamento, vi a natureza tentando sobreviver e ali, entregues ao tempo os restos da ferramenta usada pelo homem enferrujando com o que sobrou dos últimos galhos. Homem e natureza morrendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário